Nestes prados longínquos
Nestes prados
que miras longínquos
amigo paisano,
eu já deitei meus achegos
dobrei os meus vincos
acolherei desenredos
logo se devo
não nego
o porvir é tal pingo
ferrado nos pregos
se fez espírito amanonciado
se vai a la cria
deitando a crina no minuano
trotando vadio haragano
para descansar sobre os prados
quando se toca a vacaria
no compasso de cantoria
ou poesia das grotas
descreve o sul com amor
versos livres de pajador
já reservei a fatiota
e uma pilcha engomada
pois vá que na próxima invernada
o inferno reclame o gaudério
a morte não guarda mistério
mas leva rumo tramposo
que derruba e nunca dá pouso
vitória e nem refrigério
se xerenga ficar minha sina
decerto depois se ilumina
no clarão guasqueado
que acende o boleio riscado
do estalo das três marias
e mais dia menos dia
não rende segurar o tranco
se a morte desce o barranco
e vem declamar poesia
wasil sacharuk