Vidas paralelas
Há um mistério guardado
nas rubras fendas de peito aberto
em cada silêncio abrigado no verso
de sua alma dilatada
assim como existe uma fonte
que jorra encantos
por onde sua luz edifica sonhos
e deixa nos olhos farfalhar de
cores
prenúncio de viva aquarela
Há um silêncio calado
nos ecos que repicam incertos
cada mistério que esconde o avesso
de poesia enluarada
Não há um final no horizonte
sequer em seus cantos
onde uma reta divide os mundos
remete o poeta a vislumbrar
estrelas
entre as vidas paralelas.
Rogério Germani e Wasil Sacharuk